Fullmind Coaching

Life Detox

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Era desconfortável, inquietante e por vezes até agonizante. Não entendia porquê, era como uma luta interna esgotante, como se algo se quisesse sobrepor à minha pessoa, à minha consciência.

Uma grande maioria das pessoas luta para ter. Ter sucesso, ter reconhecimento, ter tudo como reconhecimento do nosso esforço.

Vivi até há pouco tempo a pensar que sabia descrever o amor. Fazia-o tão bem e de uma forma tão detalhada, que, só agora, tomei conhecimento que aquilo que estava a descrever eram simplesmente emoções.

Dizem que a vida é madastra, que é o destino, que é carma. Pois bem, não é.

Pensava que estava caído, que do chão não passava. Descobri afinal que a queda seria muito maior, tão alta que não conseguia ver o chão.

Nem sempre o sentimos, nem sempre o vivenciamos de uma forma castradora. O medo é apenas isso, uma palavra, um substantivo masculino, em que a nossa consciência interpreta como algo que consideramos perigoso, mesmo que esse medo seja infundado.

Chega um, bem devagar, como que a apalpar terreno, para testar a nossa vulnerabilidade, e desprotegidos, deixamo-lo entrar. É nesse momento que nos apercebemos que afinal não vinha assim tão devagar.

Todas as mudanças interiores têm duas formas de serem feitas, uma mudança consciente ou inconsciente, em que o automatismo atua sem que daí resulte grande aprendizagem.

É um caminho fácil, demasiado fácil, demasiado confortável para encarar algo que não corre bem. Normalmente culpamos factores externos para atribuir um significado a um fracasso, a vitimização.